sábado, 12 de novembro de 2011

História da Redenção - III

Os anos se passaram...

Abraão gerou a Isaque, que gerou a Esaú e Jacó. Jacó gerou a Rúben, Simeão, Levi, Judá, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, Dã, Naftali, José e Benjamim. Levi gerou a Gérson, Coate e Merari. Coate gerou a Anrão, que gerou a Moisés, Arão e Miriã.
O Faraó lançara um edito ordenando que todos os bebês homens, de 2 anos para baixo, fossem mortos. Sifrá e Puá, parteiras hebréias a serviço de Sua Majestade, o grande Faraó, tinham essa incumbência. Mas, por temor ao Senhor dos Exércitos, o Majestoso Rei de toda a Terra, não cumpriram a ordem do soberano das terras do Egito.

Faraó, vendo que as parteiras não o obedeciam, ordenou aos seus soldados que entrassem em cada casa hebréia da cidade de Gósen e matassem todos os bebês homens, de dois anos para baixo.

Acontece que, por aqueles tempos, Anrão, neto de Levi e bisneto de Jacó, casado com sua tia Joquebede, gerou a Moisés. Esconderam o bebê por meses. Porém, o bebê crescia. Os pais, vendo que o bebê crescia saudável, tiveram a idéia de colocá-lo num cesto de juncos e o colocarem no grande Rio Nilo. Mandaram que Miriã, irmã do bebê, acompanhasse o cesto.

Os pais colocaram o cesto no Nilo e rogaram a Deus que protegesse a criança. Acontece que o palácio real do Faraó ficava ás margens do Nilo, e sua filha tomava banho ali. Por providência dos Céus, o cesto parou na porta do palácio, ás margens do Nilo. Quando a princesa viu aquele cesto flutuante, abriu-o e lá viu o bebê, sorrindo. Chamou-o de Moisés, porque fora tirado das águas. Rapidamente, Miriã apareceu e se ofereceu para encontrar alguém para cuidar do bebê. A princesa aceitou, e Miriã foi buscar a mãe, que cuidou de Moisés até os doze anos, quando retornou ao palácio.

Moisés cresceu, e era admirado por todos entre as Forças Armadas, o povo e o Palácio Real. Do mais simples mendigo, até o mais nobre egípcio, todos reverenciavam ao príncipe do Egito, filho da filha de Faraó, herdeiro de Rá.

Um dia, contudo, ele viu um pobre escravo hebreu sendo espancado por um feitor. Imediatamente, seu sangue ferveu. Ele não podia suportar tamanha crueldade. Atacou o feitor e o matou. Porém, sabia que seria perseguido pelo seu avô, o Faraó. Afinal, os sacerdotes da Casa da Vida o odiavam por ter sucesso em tudo. Mal sabiam eles que ele era filho do povo de Deus.

Moisés fugiu do Egito. Perambulou por um longo tempo, até chegar à terra de Midiã, cujos habitantes adoravam a Deus. Lá, conheceu Jetro, Alto Sacerdote daquela terra. Casou-se com Zípora, filha de Jetro.

Um dia, enquanto vigiava as ovelhas de seu sogro, passou em frente ao monte Horebe, e viu um arbusto que pegava fogo, mas não queimava. E ouviu uma voz, que lhe disse para tirar as sandálias, porque o lugar onde pisava era santo.

Ele não podia acreditar no que via. Sabia que quem falava com ele era o Deus de seus pais, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. O Senhor lhe disse para retornar ao Egito, para que libertasse o Seu povo da escravidão maldita que eles sofriam. Moisés tentou contornar a situação, dizendo que o povo não acreditaria nele. O Senhor então lhe deu dois sinais para que o povo acreditasse nele. Moisés ainda tentou se safar, dizendo que era pesado de boca e de língua, que não sabia falar.

Então Deus se irou. O Senhor mostrou a Moisés que era Ele quem dava a vida aos homens. Foi Ele que fez a Terra, o mar e tudo o que neles há. E mostrou a Moisés o que deveria fazer.

Na semana seguinte, Moisés, Zípora e Gérson e Eliézer, seus dois filhos, voltaram ao Egito. No caminho, encontraram a Arão, seu irmão. E juntos, foram ao palácio de Ramsés, ex-irmão, Faraó, filho dos deuses egípcios.

Lá, rogaram a ele que libertasse os hebreus para adorarem a Deus, o Senhor dos Exércitos. Ramsés zombou deles, dizendo que não conhecia o Senhor, tampouco libertaria os escravos. Então, Moisés mostrou o sinal que dizia que ele vinha de Deus. Jogou o seu cajado ao chão. De imediato, o cajado se transformou numa serpente. Mas os magos da Casa da Vida, conselheiros do faraó, também fizeram isso. Porém, a serpente de Moisés os engoliu.

10 pragas vieram sobre a terra do Egito, terminando com a morte dos primogênitos egípcios, incluindo o filho de Ramsés, herdeiro do trono da terra do Nilo. Ramsés, não aguentando a dor, mandou que todos os escravos saíssem do Egito imediatamente. Saindo, os filhos de Israel receberam presentes de todos os egípcios, que, aterrorizados, se curvavam ao Deus de Israel, o Poderoso Deus que derrubou Osíris, Set, Ísis, Hórus e Rá.

Andaram pelo deserto e chegaram ao Mar Vermelho. Imediatamente, ouviram o som de carros militares e gritos de soldados. Olharam para trás e viram Ramsés II liderando os seus exércitos para matá-los. Atemorizados, os israelitas rogavam aos Céus para que os salvassem. Moisés mais ainda. E Deus lhe respondeu: "Porque clamas a mim? Diga aos filhos de Israel que marchem!". E os israelitas marcharam. Ao pé do mar, Deus mandou que Moisés batesse com seu cajado nas águas. Milagre dos milagres: o Mar Vermelho se abriu em duas muralhas de água! Uma coluna de fogo bloqueou o caminho dos egípcios, e os filhos de Israel passaram pelo mar com os pés secos.

Quando o último israelita passou, a coluna se dissipou, e os soldados do faraó entraram no mar. Imediatamente, o SENHOR ordenou que Moisés batesse novamente com o cajado nas águas. O mar se fechou, e os soldados morreram afogados. Triste fim deles. Ramsés II, orgulho de Rá, filho do deus-sol, soberano do Nilo e seus arredores, voltou para Heliópolis humilhado e ferido, reconhecendo que fora derrotado por Deus, o SENHOR.

Andaram por um longo tempo, até chegarem ao Sinai, o monte do Senhor, onde receberam a Sua santa Lei e os Seus santos preceitos. Lá, receberam também as instruções para a construção da casa do Senhor. Às portas de Canaã, mandaram espias para ver como era a Terra. Os espias foram, passaram quarenta dias em Canaã, e quando voltaram, trouxeram cachos de uva do tamanho de um homem adulto. No entanto, desencorajaram os israelitas a entrarem em Canaã, uma vez que ali habitavam gigantes. Apenas dois dos espias encorajaram o povo a entrar em Canaã. Mas o SENHOR puniu Israel por não confiar nEle. Não com assassinatos nem nada. Mas sim ordenando que o povo vagasse pelo deserto durante quarenta anos, cada dia por um ano.

Andaram durante quarenta anos, até que avistaram a terra de Canaã, a terra que o SENHOR prometera a Abraão, a Isaque e a Jacó. Moisés, porém, não entrou naquela terra. Por causa de um antigo pecado, o ungido de Deus morreu sem pisar os pés na Terra Prometida. Porém, o SENHOR o levou às montanhas de Nebo, na fronteira de Moabe. Ali, Moisés viu toda a história dos homens, a história da redenção. Viu o Cordeiro e Filho de Deus sendo pregado numa cruz. Viu Ele ressucitando. Viu Ele intercedendo pelos pecados de todos nós. Viu Ele voltando para nos buscar. E ali, a montanha de Israel, aquele que, abaixo de Deus, levara Israel nos ombros, chorou. Chorou, e abençoou a cada tribo de Israel, consagrando todos eles a Deus, para que nunca deixassem de obedecer ao Criador dos Céus e da Terra.

Ali mesmo, Moisés morreu. Ali mesmo, ele foi sepultado por Deus. Ali mesmo, o inimigo das almas e o arcanjo Miguel combateram pelo corpo dele. Ali mesmo, o Arcanjo venceu o inimigo. Ali mesmo, Moisés ressucitou. Daquele lugar, ele subiu aos Céus, pela vontade do SENHOR.

História da Redenção, parte III.

Lucas Vítor Sena

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